O discípulo pediu para o mestre analisar
os fatos do tempo presente
O aluno queria entender os eventos
que aconteciam naquele momento.
O mestre apontou a dificuldade
de dissertar em cima das ocorrências.
Sugeriu a necessidade de um tempo
para fugir da influência dos fatos em foco.
O mestre disse: a história difere
de uma equação matemática
pela variedade de incógnitas
entrelaçadas às questões
a ser analisadas pelo especialista
isento em relação ao resultado.
Entre outras coisas,
o mestre ainda disse:
os políticos, a imprensa e os apaixonados
são maus analistas,
porque à luz dos interesses,
arrastam a roda da história
sob o ponto de vista compatível
à venda dos próprios peixes.
Decorridos trinta anos, o discípulo
foi ter novamente com o mestre:
sábio, hoje distante dos fatos,
gostaria que o Senhor dissecasse
os acontecimentos do passado,
que me angustiavam tanto
- Meu pupilo, em outra época eu faria
uma analise crítica segundo minha consciência,
mas agora estou convicto de que é difícil
falar com segurança sobre temas
associados às frágeis paixões humanas.