Procurei durante muito tempo por aquele pé de avenca
que havia no jardim da minha lembrança,
mas pelos lugares por eu andava
não achava a espécie da minha saudade.
Nas minhas andanças pelas veredas da vida
vi coisas que não esperava encontrar,
milhares de surpresas surgiam pelo caminho,
mas o meu pé de avenca não soube onde foi parar.
Talvez eu não seja o único cara apaixonado por avencas.
Acho que Caio Fernando de Abreu também gostava delas,
pois num conto do livro "O Ovo Apunhalado"
ele faz algumas referências a essa plantinha frágil, simples
e bela.
Ano passado eu construí um pequeno jardim
no espaço que havia atrás da minha casa.
Preparei o solo e feliz como uma criança,
plantei uma semente num cantinho do coração,
mas a avenca que nasceu não tem o perfume
daquela avenca da minha infância.
Viver é um dom!
Há 1 mês