O presidente dos Estados Unidos da América
em visita ao nosso país,
na semana passada,
não economizou elogios ao Brasil:
falou da beleza da cidade do Rio de Janeiro,
falou da nossa alegria e da nossa arte,
falou da posição do Brasil na grade
da economia mundial.
Afirmou que o Brasil deixou de ser
um país do futuro,
porque já é um país do presente.
Após digerirmos o efeito do discurso do visitante,
questionemo-nos, o que o moço americano
veio nos vender?
Leonel de Moura Brizola,
de saudosa memória, afirmava:
"O papel de guardiões da democracia,
exercido à revelia pelos americanos
no tabuleiro da polítida internacional,
consiste na manipulação de interésses escusos"
Ele falava assim mesmo, interésse com o "e" aberto, lembram?
Brizola dizia, que a nação imperialista do Norte
cria subterfúgios propícios à infiltração dissimulada
nas economias periféricas para agir com a liberdade
da raposa dentro do galinheiro.
Voltando ao filho do Tio Sam,
perguntemos, será que vamos continuar
comprando o peixe deles?
Hoje, a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos
é totalmente favorável aos gringos.
Nossos produtos são absurdamente taxados no solo americano,
mas em descompensação, compramos todas as bugigangas deles
sem nenhum tipo de agio.
Como devemos-nos posicionar
diante das invasões americanas
a paises de regimes autoritários?
O direito de derrubar um sistema
de governo perverso e prejudicial
a um povo não seria da autonomia
do próprio povo prejudicado?
Quando os americanos interveem na Líbia,
estarão eles consternados
com a sorte dos libaneses
ou preocupados com as usinas petrolíferas,
ou seja, agindo em prol dos seus interésses?